Luís César de Moura Menezes, MSc, PMP – 17 de julho de 2019
Embora, aparentemente, apenas a morte seja irreparável, você já parou para pensar quantas atividades no âmbito da gestão de projetos são feitas e podem gerar distúrbios “irreparáveis”?
Distúrbios que geram grandes impactos e sequelas difíceis de serem consertadas.
São diversas ações que podem promover esse estado de coisas, desde relacionamentos interpessoais mal geridos, comunicações malfeitas ou impensadas, riscos parcialmente avaliados ou pouco trabalhados, estimativas pobres, de custos ou mesmo de prazos, dimensionamento de escopos falhos.
Estas são algumas das falhas que promovem insucessos frequentes em projetos.
Você conseguiria imaginar uma tecnologia que pudesse ajudar nestes aspectos? Como você se sentiria se pudesse acessar a uma tecnologia que minimizasse ou eliminasse vários desses problemas que ocorrem em projetos?
Saber que essa tecnologia já existe, é uma notícia melhor ainda. Aliás, existe há quase um século, mas seus desenvolvimentos têm sido espetaculares nos últimos anos.
Hoje, no bojo da indústria 4.0, a tecnologia da Realidade Virtual – a RV -, permite que inúmeros benefícios possam ser obtidos em diversas áreas.
Pilotos se beneficiam por aprender a pilotar sem sair do chão, médicos aprendem a fazer cirurgias com novos métodos tendo o apoio da RV e sem colocar em risco a vida de inúmeros pacientes, exércitos são treinados sem colocar em risco a integridade de seus profissionais que participam de combates simulados.
Inúmeras outras aplicações podem ser antecipadas com o apoio da RV. As indústrias, que possuem processos que não podem ser, muitas vezes, interrompidos, operações que trazem riscos às pessoas, a redução de desperdício em inúmeras atividades, realização de simulações com protótipos e/ou modelos que demandam um tempo (e custos) enormes para serem fabricados.
Administrar estes tempos, recursos e incertezas pode ser extremamente facilitado com recursos da RV como pode ser visto em Hubi 4.0
Profissionais poderão dedicar um tempo nobre a atividade de estimar e planejar, de sorte que a execução possa ser feita de maneira mais certeira, econômica, pontual e funcional, do que pelos métodos tradicionais.
A RV deve ter um crescimento exponencial em suas aplicações, especialmente nas indústrias e, para nós gestores de projeto, virão também os benefícios.
A possibilidade da interação de diversos players e situações de projeto, uma imersão prévia em cenários desenhados e que pela inteligência artificial possam ser armazenados, a promoção do envolvimento dos gestores e tomadores de decisão deve permitir um crescimento da ciência da gestão como nunca vistos antes.
O que era visto antes como “meros” dispositivos de visualização e interação, permitirão entrar no mundo virtual de situações antes inimagináveis, um tanto intangíveis, mas que tragam a simulação de um mundo real.
Nesse universo, o virtual não se opõe ao real, mas ao atual. Palavras que, aparentemente se opõem, na tecnologia elas se somam e antecipam a construção da realidade.
A viagem multissensorial que pode ser feita através da aplicação da RV no universo da gestão deve facilitar a vida de inúmeros gestores de projetos na lida com fatores menos tangíveis como atitudes, temperamentos, conflitos.
Desde que as possibilidades sejam identificadas ou, probabilisticamente identificadas, será possível simular situações, testar reações, avaliar caminhos antes mesmo que eles ocorram.
Imagine você desenhar uma árvore de possíveis decisões num processo de negociação, simulá-las e se preparar para elas.
Isso tende a trazer decisões mais acertadas, congruentes com determinados fins nos processos gerenciais.
Os gestores tornam-se mais robustos e suas decisões melhores, mais assertivas.
Elas se tornam mais acertadas, também, por uma razão simples, o gestor simula e aprende com as possíveis reações humanas e dos times, bem como toda uma gama de simulações que antecipam a interação das pessoas e os funcionamentos de sistemas homem-máquina ou de máquinas e instalações.
Essa será mais uma vitória da visão sistêmica, da modelagem corroborada pelo crescer, pelo desenvolvimento tecnológico.
Cada vez mais profissionais de projetos devem buscar algum tipo de formação que os qualifique a desempenharem, e melhor, as suas funções quando contribuírem no desenvolvimento de um projeto.
Estamos nos preparando para essa revolução nos hábitos?
Fica o convite para que conversemos sobre estas diversas e novas frentes de ação e como adequá-las às suas necessidades e demandas.
Soluções existem e devem facilitar o desenho de seu horizonte e futuro profissional.
Vamos juntos!
Muito bom, adorei! Não imaginava que era isso, ganhou um leitor. Obrigado! 😉