Luís César de Moura Menezes, MSc, PMP – 03 de julho de 2019
1. Sumário
Empresas são colocadas a prova diariamente. Mercados mudam, regras de negócio são modernizadas, tecnologias são incorporadas em processos produtivos e nas informações. Isso demanda musculatura organizacional, preparo. Olhar o futuro atuando no presente. As estratégias nos mostram o futuro, os projetos nos levam até elas, quando bem desenvolvidos. Existem condutores importantes neste processo. Executivos pilotam as estratégias enquanto gerentes de projetos fazem com que elas sejam implementadas e de forma adequada, respeitando as condições que lhe sejam dadas.
2. A execução da estratégia
Após um período em que o“planejamento estratégico” foi a coqueluche, a moda nas organizações, o conceito passa por uma nova fase. Ao contrário de uma acomodação negativa, ela ocorreu de forma extremamente positiva através do ajuste do ferramental para a sua implantação. Isso quer dizer que, além de inúmeras técnicas para a modelagem de cenários não organizados (caóticos), surgiram técnicas que buscavam desdobrar hierarquicamente e integrar indicadores de desempenho. Além disto, começaram a ser desenvolvidas novas estruturas para fazer com que os “planos estratégicos” pudessem ser implementados por meio de projetos.
Estes planos estratégicos possuem objetivos e aprazamentos específicos e restrições – orçamentárias, regulatórias, de compliance, de especificações nos resultados, de uso de recursos – que podem ser ajustados a “projetos” ou a “programas” dentro de uma organização.
3. O protagonismo dos projetos
Muitas estratégias são implementadas por meio de projetos em suas principais áreas, como marketing, operações e apoio corporativo. Estes projetos recebem prioridade desde a organização até a implantação.
Outros projetos, entretanto, nascem na base das organizações. Projetos de melhoria de processos, ajustes operacionais, melhoria de produtos e tratamento de legados não têm uma origem na estratégia da empresa. Justamente por isso, têm mais dificuldade de serem priorizados. Isto faz com que os gestores de projeto tenham que se preocupar não apenas
com o desenvolvimento do projeto. Eles devem, desde o momento em que são designados para gerir o “pretenso” projeto, se envolver num processo de venda, na articulação política através de elementos explícitos – correlacionados, a estratégia da empresa – e de fatores implícitos – correlacionados aos valores e aos fatores de poder dentro da organização, na identificação das reais disponibilidades de recursos, dentro e fora da organização, na busca de apoio imediato ao desenvolvimento do projeto; e na análise do ambiente que envolve o projeto.
Assim, não só por deverem estar ligados à estratégia da organização, mas pelo papel que o seu gestor assume – que transcende ao da “mera administração” de prazos e de custos – de articulador e permanente promotor do projeto, é que vemos que os projetos assumem um papel estratégico dentro das organizações.
4. O desafio e as oportunidades para o profissional de projetos
Aquilo que antes era um mero atributo de um profissional – sua capacidade de gerir um projeto – passa a ser, cada vez mais, uma oportunidade para a sua evolução profissional concreta.
Em diversas organizações a “gestão de projetos” já consta como uma atribuição que pode ser abraçada e desenvolvida gradativamente por executivos de engenharia, tecnologia da informação, finanças e administração. Em vários casos as organizações oferecem planos de carreira bastante atrativos para os profissionais que resolverem se dedicar a essa área em suas organizações. Em contrapartida, exigem especialização e qualificação cada vez maiores, tendo como referência principal a certificação internacional Project Management Professional (PMP), conferida pelo PMI. Existem, entretanto outras certificações que são muito úteis a gestão de projetos. Algumas focam mais modelos de riscos, outras a experiência prática, além de certificações específicas em riscos, programação, programas e portfólios. Os benefícios para estes profissionais certificados são sempre inúmeros. Talvez o maior deles seja a possibilidade de investirem em melhor qualidade de vida no seu trabalho, deles poderem se dedicar e focalizar em algo que apreciem, algo que façam com prazer.
A administração das pressões através de uma melhor coordenação de esforços nos projetos, feita de maneira profissional, será fundamental. Por outro lado, as empresas passam a ter uma maior segurança na obtenção de resultados, uma vez que foram planejados e as ações para a sua obtenção estão sendo controladas. Diversos profissionais, seja para se prepararem para uma certificação, seja para se posicionarem melhor em suas carreiras, optam por uma pós-graduação antes de qualquer outro movimento mais específico.
A busca por um MBA, do inglês Master in Business Administration, que complemente a sua formação acadêmica e se some com as suas demandas profissionais é uma decisão inteligente e costuma alavancar inúmeras oportunidades dentro da empresa e no mercado.
Uma parcela significativa dos MBA busca fornecer subsídios e conhecimentos que incrementem a capacidade de gestão de seus participantes. Essa capacidade de gestão, além dos aspectos específicos das finanças, de pessoas, do marketing, de projetos, por exemplo, tangibiliza outros aspectos importantes como liderança, comunicação, negociação, times e relacionamentos.
5. Conclusões
A nova economia exige das organizações mais rapidez para que se mantenham em pé
no mercado. As organizações demandam, por seu lado, melhores processos que as
sustentem, melhores projetos que alavanquem as suas melhorias e inovações. Os
processos e projetos só serão melhores se puderem contar com profissionais
preparados para a sua condução.
Luís César de Moura Menezes é diretor da Síntese Consultoria e Gestão de Negócios www.sinteseconsultoria.com.br
MBA em Gestão de Projetos e Negócios é um curso da Sintese Academy ( www.sinteseacademy.com ) em parceria com o Centro Universitário Italo Brasileiro ( https://italo.com.br/ ), desenvolvido na cidade de São Paulo.